sábado, 11 de junho de 2011

e aí eu me peguei chorando por tudo aquilo que perdemos.
por tudo aquilo que já fomos. fomos? nem sei mais.. você, vocês, sei lá..
tudo que já senti e achei que era recíproco, e que na verdade nem precisava ser.
não sei, talvez só seja saudade. só seja falta. é. eu sinto falta.
sinto falta de sentir, de ter o que sentir, pra quem e com quem sentir.
talvez sinta falta de você.
estranho; a gente se apega nos detalhes mais bobos...
e são sempre eles que ficam.

hoje choro por tudo que nao chegamos a ser
por tudo que um dia sonhei pra nós e não realizei
por tudo que pensei que podíamos ser.
hoje choro por mim. por você. pelo nosso passado, pelo nosso presente.. e pelo nosso não futuro.
choro pelo sentimento escondido
pelo sentimento que resistiu ao tempo
pelo sentimento que não deveria existir e existe
e por aquele que deveria, mas não existe.

hoje choro,sabendo que amanhã não haverá mais lágrimas.
choro sabendo que querendo ou não, as lágrimas secarão.

um dia.

choro sabendo que você merece viver.
e eu também. talvez. um dia. mereça;

um dia.

domingo, 3 de abril de 2011

Brindo a casa, brindo a vida, meus amigos, minha família !



Tenho tido pouquíssimo tempo para escrever.. e quando tenho tempo, este é tomado por uma tal necessidade fisiológica chamada SONO. está tudo uma GRANDE e MARAVILHOSA loucura... que tem uma pontinha de encantadora. Acho que nunca vivi tão 'corridamente' como tenho vivido. Em compensação, nunca vivenciou tantas mudanças, tanto crescimento e amadurecimento, tanta gente e coisa nova.
Como nem só de necessidades fisiológicas se vive, consegui um tempinho pra vir extravasar em forma de palavras torras e sem importância, mas que pra mim fazem toda a diferença.
Eu, aqui, agora. De um jeito totalmente diferente, num lugar totalmente novo, cercada de pessoas novas e de um modo que nunca imaginei. como é que eu cheguei aqui?! Esse conjunto de fatores inovadores, inexplicáveis e encantadoramente diferentes conseguiram me fazer (e manter) muito feliz!
Ao viver em um ambiente que jurava não ser pra mim e, de repente, me ver mais do que adaptada - ME VER FELIZ - faz com que eu me sinta reformulada. é como achar que uma parte de mim que provavelmente nao apareceria se estes fatores todos não tivessem me aparecido e me posto à prova (aqui, agora, deste jeito).
Nossas escolhas sempre tem um preço... e por mais que as minhas também exijam muuito de mim, tenho certeza de que foram muito bem feitas e com certeza tem muito a somar na minha vida em todos os âmbitos que ela possa ter.
É por isso que eu BRINDO! Minha casa, minha faculdade, meu time, meu trabalho, meus amigos (os melhores, os antigos, os novos), meus companheiros, meus anjos, meus amores, meus professores, meus mestres, meus alunos, minha família, MINHA VIDA... e tudo o que nela possa ainda vir a aparecer :)

reFORMULAR :)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

again and again...

"Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo, gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera. Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? A moça.. ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo." - #CFA

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

o ato de aprender é um processo...

uma hora ou outra, você aprende. como diria minha mãe, você aprende pelo amor ou pela dor. nunca ouviu falar disso? é assim.. ou você aprende pelo bem, ou aprende quebrando a cara. mas, relaxa... você aprende.
você aprende a guardar certas coisas pra você, a não falar tudo que passa na sua cabeça, a aproveitar cada segundo como se fosse o ultimo.. mas também a esperar (mesmo, muitas vezes, sem saber o que ta esperando). e aí você aprende que certas conversas não devem começar, que certos segredos devem ser realmente segredo, que só você vai saber. 'Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.' aí você aprende que certas coisas não são defeitos ou qualidades, são apenas o jeito que as pessoas são. e que certas coisas são imutáveis. aí você aprende a conviver com as diferenças, com as semelhanças, com as vontades, com os desejos, com os sonhos... e aos poucos você aprende a se controlar, e assim você aprende a perder o juizo na hora certa (ou seria na hora errada?). 'Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.'
aí você aprende que viver é o que importa, e que certas dificuldades não passam de meros detalhes que não podem nunca te impedir de fazer o que você quer. você aprende que idade não significa muita coisa, que regras são boas mas nem sempre precisam ser cumpridas, que tem coisas que ninguém precisa saber.. e aí, quando você menos ver, você aprende a viver e ser FELIZ. 'Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.'


- CITANDO SHAKESPEARE.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

o tempo agora é o de...

'Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber.'
- Caio Fernando Abreu

sábado, 22 de janeiro de 2011

a felicidade vive em mim e não se vai mais

Nós aprendemos que temos que correr atrás das coisas que queremos, que devemos persistir no nosso objetivo sem parar. Mas certas coisas não são assim. As vezes o melhor que temos a fazer é deixar a vida levar, o rio correr, o tempo passar... e ver no que dá.
A felicidade vive batendo a nossa porta... a todo momento ela abre um pedaciiinho dessa porta e pergunta 'posso entrar?'. podemos passar uma vida inteira esperando a felicidade plena, lutando para sermos felizes... mas as coisas boas não acontecem de repente, elas aparecem nos pequenos detalhes. são essas pequenas coisas que fazem a vida, mais uma vez, fazer sentido. uma visita de uma amiga que vcê não vê há tempos, um estágio, um dia de sol, uma volta no shopping com pessoas que vcê gosta, um bom filme, uma mensagem de 'durma bem', uma noite bem durmida, uma noite não tão durmida assim... a felicidade bate à minha porta e eu simplesmente digo: PODE ENTRAR, E DA PRÓXIMA VEZ NÃO PRECISA NEM BATER.
As vezes não somos felizes porque não aproveitamos as oportunidades... porque simplesmente não vemos nenhuma... a cada dia que o sol brilha ou que a chuva cai temos a opção de sermos felizes ou não, aproveitando cada segundo e vivendo cada momento como se fosse o primeiro, último e único. pelo simples fato de poder ser mesmo.


'Percebi que a felicidade só existe em fragmentos' - Milly Lacombe
'Ando com uma felicidade doida consciente' - Caio Fernando Abreu
'Felicidade é a combinação de sorte com escolhas bem feitas.' - martha medeiros
'A felicidade é simples, e quando você descobre isso ela deixa de ser uma espera e passa a ser um minuto, um segundo. e é de minutos e segundos que se faz a vida' - Tati Bernardi


A FELICIDADE VIVE ATRÁS DE MIM.. EU QUE NÃO SOU LOUCA, DEIXO ELA VIR'~


beijinhos :*

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

'o dia de ontem' - CFA

Perguntei se achavas que minha fantasia me doía, e se me doendo também te doía. E não disseste nada. Embora estivéssemos no escuro, consegui distinguir tua mão arroxeada pela luz de mercúrio da rua apontando em silêncio o telefone calado ao lado de minha cama. O telefone em silêncio no silêncio.Então eu te disse que me doíam essas esperas, esses chamados que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem a palavra e às vezes nem a pessoa exata. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse. Disseste de repente que precisavas ter os pés na terra, porque se começasses a voar como eu todas as coisas estariam perdidas. (...) Mas eu te ouvia dizer que sabias ser necessário optar entre mim e ela, e que optarias por ela, por comodidade, para não te mexeres daquele canto um pouco escuro e um pouco estreito, mas teu - e que optarias por ficar comigo porque a minha loucura te encantaria e te distrairia, embora precisasses te agitar e negar e ouvir e sobretudo compreender novamente tudo todos os dias. E disseste que optavas por mim. Eu já sabia. Por isso não te disse que comigo seria mais difícil do que com ela. Porque sabias também que em todos os de repentes eu estaria abrindo as asas sobre um desconhecido talvez intangível para ti. Não dissemos, mas concordamos no silêncio cheio de livros e jornais entre nossas duas camas, que querias a salvação e eu a perdição - ainda que nos salvássemos ou nos perdêssemos por qualquer coisa que certamente não valeria a pena. Nem era preciso dizer que não era preciso dizer: eu era o teu lado esquerdo e tu eras o meu lado direito: nos encontrávamos todas as noites no espaço exíguo de nosso quarto. (...) Mais tarde, bem mais tarde, diríamos rindo que afinal nã havíamos feito tudo isso para desistir agora, sem mais nem menos, no meio dum feriado qualquer, e que agora a gente só tinha mesmo que continuar porque a casca tinha endurecido - e riríamos muito, mais tarde, cheios de vitalidade e vontade de abrir janelas - mas por enquanto choravas com a cabeça escondida no travesseiro, e eu não compreendia. (...) eu ficava sozinho no nosso quarto, e quis te dizer de como era bom que a gente tivesse se encontrado, assim, sem pedir, sem esperar. (...) eu te disse que além do que não tínhamos, não nos restava nada. Disseste depois que o dia inteiro só querias chorar, e que eu aceitasse. Eu disse que achava bonito e difícil ser um tecelão de inventos cotidianos. E acho que não nos dissemos mais nada, e dissemos outra vez tudo aquilo que já havíamos dito e diríamos outras e outras vezes, e de repente percebemos com dureza e alívio que já não era mais o dia de ontem - mas que conseguíramos sentir que quem não nascer de novo já era no Reino dos Céus. Não sei se não ouviste, mas ele não veio e a noite inteira o telefone permaneceu em silêncio. Foi só hoje de manhã que ele tocou e ouvi tua voz perguntando lenta se eu ia continuar tecendo. Olhei para tua cama vazia, e para os livros sobre o caixote branco, e para as roupas no chão, e para a chuva que continuava caindo além das janelas, e para pulseira de cobre que meu amigo me deu, e para a ausência do amigo queimando o pulso direito, mas perguntaste novamente se eu estava disposto a continuar tecendo - e então eu disse que sim, que estava disposto, que eu teceria. Que eu teço.
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porque ele é mestre e eu não me canso de ler.
Caio, sempre ele <3